quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Notícias do quinto dia de competição

Olá pessoal, seguem notícias do quinto dia de competição.

Um dia perfeito para o Brasil no Mundial Paraolímpico de Natação na Holanda
Daniel Dias consegue vitória inédita e Clodoaldo Silva fecha o revezamento de ouro

A quinta-feira foi um dia perfeito para o Brasil no Mundial Paraolímpico de Natação, em Eindhoven, na Holanda. Na prova que abriu as finais de quinta-feira, Daniel Dias pela primeira vez na carreira venceu o espanhol Ricardo Ten nos 100m livre em piscina longa garantindo o primeiro dos três ouros que conquistou. Andre Brasil também manteve a rotina de ouro e Phelipe Andrews e Adriano Lima ganharam um bronze cada um. A festa ficou completa com a vitória do revezamento 4 x 50m medley
(20 pontos), com Clodoaldo Silva fechando a prova. Todos os resultados podem ser consultados no site oficial da competição: www.wcswimming2010.com.

Parecia que o grande momento fora guardado exatamente para a última prova do dia. Antes do revezamento, Daniel Dias, que abriu com o nado de costas, Ivanildo Vasconcelos,
o segundo a entrar na água no peito, e Jefferson Amaro, que nadou borboleta, conversaram e resolveram nadar pelo Clodoaldo, dedicar a medalha a ele. Ícone do esporte
paraolímpico brasileiro, Clodoaldo cometeu um erro grosseiro na terça-feira ao nadar no estilo costas que era borboleta. Nessa quinta-feira, Clodoaldo se superou
e fez o melhor tempo da vida dele: 34s44.

“Conversamos e falamos que tínhamos de lutar por ele. Ele merece tudo”, disse Daniel Dias, que, além do 100m peito (SB4) e do revezamento, venceu os 200m livre
(S5), esmagando seu recorde mundial anterior de 2m31s58 ao marcar 2m26s51 e chegando ao impressionante número de sete medalhas de ouro em Eindhoven.

O novato no revezamento, Jefferson Amaro, de 21 anos, confessa que ficou tenso:

“Foi uma grande responsabilidade nadar nesse revezamento, com nomes tão consagrados. O Daniel falou comigo quando estávamos no bloco para nadar pelo Clodoaldo.
Demos o sangue na água”, disse Jefferson que fez sua melhor marca individual no borboleta, com 35s09.

Clodoaldo, que não ficou abalado com o erro de terça-feira, também controlou a emoção após a vitória:

“Fico muito feliz e isso mostra que somos um time, uma família. Um apóia o outro nos bons e nos maus momentos. A medalha dá uma alegria, mas sei que tenho de melhorar
muito para chegar bem nos Jogos de Londres”, disse Clodoaldo, que também chegou à final dos 200m livre (S5), terminando em sexto lugar.

Daniel Dias abriu os trabalhos e Andre tratou de confirmar o favoritismo nos 50m livre (S10). Apesar de ter feito apenas o terceiro tempo das eliminatórias, ele
não deu chances aos adversários e venceu em 24s27. Phelipe Andrew perdeu o bronze na batida de mão para o australiano Andrew Pasterfield e lamentou o azar que teve
antes da prova:

“Fui dar o laço no short e fez um nó. Não consegui desatá-lo a tempo e fui para o bloco com o short largo e perdi totalmente a concentração”, explicou Phelipe.

Adriano Lima fez uma ótima prova e ficou com o bronze nos 100m livre (S6). Depois, emocionado, mostrou o bilhete da filha Gabriela, de quatro anos, dizendo que
sentiria saudade do pai.

Depois de quatro dias de provas, o Brasil manteve o quinto lugar na classificação geral, já igualando o número de ouros do Mundial de Durban: 12. Ao todo são 21,
sendo ainda três pratas e seis bronzes. Na África do Sul foram 24 medalhas.

Outros brasileiros que foram as finais: Matheus Souza (oitavo nos 400m medley S11); Carlos Farremberg (sétimo nos 400m livre S11); Joana Silva (quarta nos 400m
livre S5) e Rildene Firmino (quarta nos 50m peito SB3). Não passaram para as finais: Ana Clara Cruz (200m peito SB4); Genezi Andrade (50m peito SB2); Jeferson Amaro
(100m livre S6); Talisson Glock (100m livre S6) e Ronaldo Santos.

Fonte: CPB

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