Denúncia de uma deficiente visual
Rede SACI
São Carlos, 19/07/2010
Tereza Cristina Rodrigues Villela conta uma situação constrangedora pela qual passou na quarta-feira, dia 14 de Julho
Tereza Cristina Rodrigues Villela
Saí de Ibitinga às dezesseis horas com destino a São Carlos, ambas no interior de SP num ônibus da Empresa Cruz, e ao chegar, expliquei ao motorista o ponto em que ia descer: um dos pontos de ônibus em que normalmente os motoristas param. Expliquei dando referências claras; o ponto fica depois de uma conhecida churrascaria
da cidade, próximo a um prédio, com cor bem contrastante, aliás.
Ao passarmos pelo ponto, indiquei, "aqui", mas o motorista continuou e foi dizendo que não era ali, porque não havia ponto de ônibus no local, mas apenas antes e depois... Insisti, mas não houve acordo; ele insistia que eu estava errada, mas que me deixaria na volta no ponto correto e insistiu que já me havia deixado muitas vezes naquele ponto, porque eu viajava havia anos com eles... De fato, um motorista, provavelmente o mesmo, já me havia deixado uma vez naquele ponto e na ocasião eu disse que não era ali, expliquei onde era o ponto, mas desci, pois era dia e apesar dos obstáculos daquela calçada, não havia problemas maiores.
Eu sempre explico e todos os motoristas entendem bem, menos este.
Na volta ele me deixou no ponto errado ainda insistindo comigo que era o ponto correto. Por sorte eu sabia onde estava e consegui chegar em casa.
Apesar de o local em que o motorista me deixou ser apenas um quarteirão antes do ponto em que geralmente fico, na situação há dois problemas: um é o de que eu, descendo no ponto em que esse motorista insiste em me deixar caminho por uma calçada muito acidentada e em que não é bom transitar à noite e o pior: na discussão que se travou o motorista mentiu ao afirmar que eu sempre descia naquele local e que viajava com eles há anos (só viajo há um ano e só uma vez havia sido deixada
naquele ponto), o que pode ter passado aos passageiros a idéia de que eu não sabia onde estava indo, e, repito, sei tão bem que tomo ônibus circular diariamente no local em que pedi para descer, assim como muitas pessoas e desembarco do ônibus rodoviário lá semanalmente.
Procurei a empresa através do atendimento ao usuário (Fale Conosco) do site dela ontem relatando o fato por escrito, já que não consegui falar no telefone 0800
555 – 234. solicitei que eles me peçam desculpas em nota pública, afinal fui submetida a constrangimento em público.
Recebi a seguinte resposta:
----- Original Message -----
From: Empresa Cruz - Treinamento (Leandro F. Junior)
To: terezavillela@yahoo.com.br
Sent: Friday, July 16, 2010 5:10 PM
Subject: Resposta Empresa Cruz
Prezada Sra. Tereza
Em resposta ao vosso e-mail, afirmamos que estaremos apurando o fato, e tão logo tenhamos concluído, lhe daremos um retorno
Atenciosamente
Leandro Franceschini Júnior
Atendimento ao Cliente
Como ao enviar a mensagem à empresa não recebi nenhuma comprovação de que enviei a mensagem com aquele teor e o Sr Leandro não respondeu colando meu e-mail abaixo,
respondi afirmando que os aguardo e solicitando uma cópia da minha mensagem a eles.
Seria muito bom se vocês puderem postar algo sobre isso nas denúncias da Rede SACI, porque situações assim podem ocorrer com mais pessoas e são inadmissíveis.
Desde já, agradeço.
Atenciosamente
Tereza Cristina Rodrigues Villela
Fonte:
Rede Saci
Lendo esta notícia, lembrei de algumas vezes que aconteceu algo parecido
comigo. Vou citar um dos vários casos:
quando eu tinha que ir na UNIMED, No meu caso, era um pouco difícil de eu saber onde exatamente era o ponto que tinha que descer porque não havia nem uma lombada, curva, algo que eu pudésse identificar. Eu sabia a rua que tinha que descer, quando o motorista entrava na rua eu já ficava meio alerta, mas não
sabia o lugar exato onde euprecisava descer porque a rua que ficava o ponto é uma reta, e andava um bom pedaço até chegar lá. Então quando chegava na rua onde ficava o ponto, eu dizia para o motorista parar no ponto depois do restaurante Cidade de ouro. Depois do restaurante andava um bom pedaço ainda para chegar no ponto, mas era o único depois dele. A maioria dos motoristas entendiam e paravam no lugar certo, mas um dia, o motorista disse:
O ponto é aqui.
Desci, comecei a andar e percebi que ali não era o ponto. Minha sorte
era que a avenida da UNIMED ficava paralela àquela rua, então fui até a
avenida, perguntei para uma pessoa que estava passando apé onde ficava a
UNIMED e pude me localizar. Em vez do motorista parar no ponto, ele passou o restaurante e parou logo em seguida. A sorte que eu fazia esse caminho todos os dias, mas imaginem se eu não conhecesse o lugar?
Abraços a todos
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