Brasil é quinto no Mundial de Natação
País supera vitórias do Mundial de 2006
Terminou neste sábado, 21, o Mundial Paraolímpico de Natação, em Eindhoven, na Holanda. A última prova da competição foi a de águas abertas, com cinco quilômetros.
Único brasileiro inscrito, Marcelo Collet terminou na sétima colocação, com o tempo de 1h05m03s. A vitória na prova foi do australiano Brenden Hall, com 1h01m13s.
O destaque, porém, foi a sul-africana Natalie Du Toit, que assim como nas paraolimpíadas de Pequim, chegou à frente entre homens e mulheres, com 1h00m22s.
Para Collet, além da chance de brigar por uma medalha, a prova lhe deu mais uma oportunidade de treinar na água fria, visando à travessia do Canal da Mancha, em
setembro. Collet será o quinto atleta com deficiência e o primeiro a ter disputado as paraolimpíadas a encarar o maior desafio da natação em águas abertas. A tentativa
do brasileiro acontecerá de 13 a 20 de setembro, no dia que apresentar as melhores condições.
"Tomara que seja no dia 17, quando completo 30 anos. Em Atenas comemorei meu aniversário no dia da abertura, em Pequim, no encerramento", disse Collet.
Um pouco antes do começo da prova de águas abertas, os atletas da delegação brasileira aproveitaram o gramado que cercava o lago artificial E3 Beach, onde aconteceu
a competição, para se divertir. Alguns como Clodoaldo Silva, Edênia Garcia e Verônica Almeida jogaram vôlei e outros, futebol. No futebol, destaque para Mauro Brasil,
artilheiro, e Daniel Dias, que surpreendeu ao mostrar técnica mesmo jogando com sua perna mecânica. Numa pelada com gols pequenos, até um grupo de australianos
se aventurou a enfrentar os brasileiros, com vitória do Brasil.
Mais ouros
O Brasil igualou a quinta colocação de Durban 2006, com o mesmo número de medalhas, mas com dois ouros a mais, o que foi fundamental para superar a Austrália. Foram
26 medalhas, sendo 14 de ouro, três de prata e nove de bronze. A disputa pelas primeiras posições do Mundial foi muito acirrada, com a Ucrânia levando a melhor
no final, com 57 medalhas (21 de ouro, 20 de prata e 16 de bronze). Os Estados Unidos ficaram em segundo, com as mesmas 57 medalhas, mas com um ouro a menos. Rússia
pegou o terceiro lugar, com 46 no geral e 19 ouros, com a Grã-Bretanha em quarto (52/16).
Desde que chegaram a Eindhoven, os técnicos brasileiros diziam que a disputa ia ser acirrada e que ficar entre os cinco seria uma tarefa muito mais difícil do que
em Durban. O quinto lugar brasileiro esteve ameaçado até o final pela Austrália, uma potência na natação tanto olímpica quanto paraolímpica, que terminou com 13
ouros.
"Estamos entre as principais potências do mundo, que estiveram em Eindhoven com equipes muito maiores do que a nossa. O resultado foi muito bom e animador para
os Jogos de Londres e também de 2016, por causa do bom desempenho dos novatos", disse Gustavo Abrantes, coordenador técnico da Seleção.
A delegação brasileira deixa a Holanda neste domingo, chegando a São Paulo às 17h. Principais responsáveis pelo quinto lugar do Brasil, Daniel Dias e Andre Brasil
não voltarão junto com o restante do grupo. A dupla de ouro seguirá para Manchester, na Inglaterra, para o lançamento da parceria entre o CPB e a cidade inglesa,
onde o Brasil fará sua aclimatação para as Paraolimpíadas de Londres. Os dois chegarão ao Brasil na quarta pela manhã.
Fonte: CPB
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