Õlá pessoal, como muitas pessoas me perguntam se há diferença na natação para
deficientes, resolvi publicar um texto muito bacana que explica essas
diferenças.
A natação, assim como o atletismo, basquete em cadeira de rodas, está presente no programa oficial de competições desde a primeira Paraolimpíada em Roma (1960).
Homens e mulheres sempre estiveram nas piscinas em busca de medalhas. O Brasil conquistou suas primeiras medalhas em 1984, na Inglaterra.
A modalidade pode ser praticada por qualquer pessoa, de qualquer idade. Muitos dos grandes atletas iniciaram na natação como terapia e isso ocorre muito entre os
atletas deficientes, em especial, os atletas com paralisia.
Na natação competem atletas com todos os tipos de deficiência (física e visual) em provas como nos 50m aos 400m no estilo livre, dos 50m aos 100m nos estilos peito,
costas e borboleta. O medley é disputado em provas de 150m e 200m. As provas são divididas na categoria masculino e feminino, seguindo as regras do IPC Swimming,
órgão responsável pela natação no Comitê Paraolímpico Internacional. Contudo, em competições nacionais ou até como apresentação, qualquer distância pode ser feita
entre estes deficientes, inclusive, travessias.
As adaptações, são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um aviso do “tapper”, por meio de um bastão com uma ponta de espuma, quando
estão se aproximando das bordas. Aqueles que são cego total, S11, necessitam competir com um óculos opaco. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas
de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência.
O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes
motores (realizados dentro da água). Vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor o número da classe. As classes sempre começam com a letra S (swimming)
e o atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).
• S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações físico-motoras.
• S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 – nadadores com deficiência visual
• S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiência mental.
Uma definição mais detalhada das classificações dos deficientes físicos está no site da ANDE e segue abaixo:
• S1 - Afetação muito grave de tronco e nas quatro extremidades.
• S2 - Afetação grave de tronco e nas quatro extremidades.
• S3 - Afetação de tronco e extremidades superiores e afetação grave de extremidades inferiores.
• S4 - Afetação de tronco e afetação grave de duas ou mais extremidades.
• S5 - Afetação de tronco e duas ou mais extremidades.
• S6 - Afetação leve de tronco e afetação de duas ou mais extremidades.
• S7 - Afetação grave de duas extremidades.
• S8 - Afetação de duas extremidades, afetação grave de uma extremidade ou afetação grave de diversas articulações.
• S9 - Afetação de uma extremidade ou diversas articulações.
• S10 - Afetação leve de uma ou duas extremidades ou comprometimento leve de uma ou diversas articulações.
Fonte:
CPB - www.cpb.org.br
ANDE - www.ande.org.br
CBDV - www.cbdv.org.br
Abraços a todos
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